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Governador de Minas Gerais é contra o aumento na carga tributária e defende ajuste nos gastos da máquina pública. (5)

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Governador de Minas Gerais é contra o aumento na carga tributária e defende ajuste nos gastos da máquina pública. 

“Precisamos ajustar as contas pela redução de despesas e não pelo aumento das receitas”, afirma governador de Minas Gerais, Romeu Zema, em entrevista exclusiva ao programa “A Hora e a Vez da Pequena Empresa”.

Na sua avaliação, essa revisão é necessária porque nunca houve no Brasil um ajuste de contas. “É preciso rever regras e eliminar privilégios inadequados. Falta racionalidade. Muitas vezes o Estado cria regras que o condenarão a aumentar os gastos pelas próximas décadas. As decisões aqui são sempre imediatistas, visando somente a próxima eleição e não o futuro. Falta planejamento. O mundo mudou, mas a nossa estrutura de governo e arcabouço legal não acompanharam. Somos um país carente de reformas”, define.

O governador ressalta a insegurança dos empresários no Brasil, devido à mudança constante de normas, burocracia e legislação cada vez mais complexa. Ele defende uma reforma tributária não para diminuir impostos, mas para simplificar e dar segurança. “Temos um Estado lento que cobra caro os impostos do cidadão. Por isso, a reforma administrativa é igualmente importante e complementar à tributária”, ressalta. Segundo ele, os estados e municípios também devem fazer sua parte. Zema conta que sua gestão busca simplificar a aplicação da legislação tributária na medida do possível, mas uma atualização federal é imprescindível. A falta de um planejamento nacional e regras claras torna as decisões nas empresas mais lentas, complexas e inseguras, lamenta o governador. “Em algum momento isso causa abalo no sistema democrático e, por falta de leis populares aprovadas no Congresso, muitas vezes o judiciário acaba legislando por meio de decisões. Desenvolvimento é disciplina. O Brasil precisa melhorar sua governança. Precisa de reformas”, frisa.

Zema disse ainda que o aumento da inflação, a crise hídrica e o alto custo do dinheiro também retratam essa falta de planejamento do país. Para ele, o cenário atual indica que os tempos de racionamento de energia e o apagão de 2001 não foram suficientes para o país passasse a investir de forma efetiva em geração e transmissão de energia. Além disso, o encarecimento da energia elétrica e a falta de regras estáveis resulta na perda de investidores, indústrias e bons empregos. “Tudo contribui para um quadro caótico”, conclui.

Assista: https://youtu.be/8g21CXfwtJc

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