NOTÍCIA

Crescimento do comércio eletrônico no Brasil

Apesar dos tempos recessivos que a economia vem passando nos últimos anos, o comércio eletrônico vive uma fase muito interessante: na contramão das tendências do mercado em geral, o faturamento do setor teve alta de 16% no primeiro semestre de 2019. Segundo Maurício Salvador, presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), isso se deve basicamente a dois fatores relevantes. “Em primeiro lugar, o consumidor de hoje tem a percepção de que vai encontrar as melhores ofertas na internet, o que é verdade, já que os preços estão realmente mais baixos do que no mundo físico; e, em segundo, é o crescimento de um outro perfil de consumidor, justamente aquele que está entrando na parcela da população economicamente ativa, que conseguiram um emprego, o primeiro salário e conquistaram o cartão de crédito, passando a consumir através do e-commerce”, esclarecendo que o principal público desse mercado ainda consiste, na prática, em consumidores acostumados a acessar a internet, com faixa etária entre 24 a 49 anos e que já tinham poder aquisitivo, mas que passaram a confiar mais nesse canal em função da praticidade, preços melhores e experiências bem-sucedidas.

Em entrevista ao programa de TV do SIMPI “A Hora e a Vez da Pequena Empresa”, Salvador explica que, durante o primeiro semestre desse ano, o segmento líder em faturamento foi o de eletrodomésticos, seguido por eletrônicos, informática, celulares, moda e acessórios, saúde e beleza, sendo que as regiões Sudeste e Sul foram as que apresentaram maior representatividade de vendas. “Apesar dos índices satisfatórios, ainda temos diversos gargalos na logística, em que os Correios não conseguem atender o crescimento do setor, e de ordem tributária, notadamente no excesso de burocracia e em questões relativas ao ICMS. Quando conseguirmos destravar isso, o comércio eletrônico vai disparar, inclusive nas exportações, uma vez que praticamente tudo pode ser vendido através da internet, desde peças automotivas até medicamentos. Então, o comércio eletrônico realmente veio para ficar”, conclui ele.

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