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Mudanças climáticas. Fatos e argumentos.

Tema muito em voga na mídia em geral, as mudanças climáticas se referem à variação do clima mundial, que diz respeito a mudanças de temperatura, regimes de precipitação e outros eventos climáticos ao redor do planeta. Embora isso possa ocorrer por causas naturais, o que se tem verificado é que, nos últimos 60 anos, está ocorrendo uma intensificação do chamado “efeito estufa” – fenômeno natural que é responsável por manter a Terra em uma temperatura adequada para a sobrevivência dos seres vivos – em função do aumento de emissões de gases na atmosfera pelas atividades humanas. “Isso está fazendo o planeta reter cada vez mais calor, ocasionando um aquecimento em escala global”, afirma o professor Carlos Nobre, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), que explica as consequências já sentidas em diferentes partes do planeta. “Os cientistas observam que o aumento da temperatura média mundial tem elevado o nível do mar, devido ao derretimento das calotas polares. Além disso, há previsão de uma frequência maior de eventos extremos climáticos, como tempestades tropicais, inundações, ondas de calor, seca, nevascas, furacões e tornados, com graves consequências para populações humanas e ecossistemas naturais, inclusive podendo ocasionar a extinção de diversas espécies de plantas e animais”, diz o pesquisador. Em recente entrevista ao programa de TV do SIMPI “A Hora e a Vez da Pequena Empresa”, Nobre esclarece que as principais atividades humanas que causam o aquecimento global e, consequentemente, as mudanças climáticas são: a queima de combustíveis fósseis para geração de energia, atividades industriais e transportes; agropecuária intensiva; o descarte descontrolado de resíduos sólidos; o desmatamento, entre outros. “Todas essas atividades são geradoras de grande quantidade de gases formadores do efeito estufa, principalmente o gás carbônico”, afirma ele. Por fim, o pesquisador explica o que pode ser feito para se combater as mudanças climáticas. “Diminuir o desmatamento; investir no reflorestamento e na conservação de áreas naturais; incentivar o uso de energias renováveis, como a solar e eólica; o uso preferencial de biocombustíveis em substituição à queima de combustíveis derivados do petróleo; e investir na redução do consumo de energia e na eficiência energética. Essa são algumas possibilidades, que devem ser estabelecidas através de políticas climáticas nacionais e internacionais”, conclui Nobre.

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