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Brasil 2022: recessão e inflação controlada diz Prof. Dumas

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A Câmara dos Deputados aprovou recentemente a segunda parte da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios e garantiu a abertura de um espaço fiscal no valor de R$106,1 bilhões para aumentar os gastos no ano de 2022.

Na avaliação de Roberto Dumas, professor de Economia do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), o montante pode não ser pago, mas já entrou na dívida pública, então é sim um calote. “Quem financia a dívida pública é a população. O mercado somos nós. O receio é de que no ano que vem, caso não haja crescimento da economia, os gastos aumentem furando ainda mais o teto.

O governo dá dinheiro de um lado, com auxílios, mas tira do outro, elevando a taxa de juros” afirmou em entrevista exclusiva ao programa “A Hora e a Vez da Pequena Empresa”, que pode ser visto no YouTube.

Segundo Dumas, a história mostra que houve calote em 1982, 1987, 1990, em 1998 e agora em 2021, com os precatórios. “O total de inflação de 1980 a 1994 somou 12 trilhões percentuais, portanto, isso é um calote”, define.

Dumas relembra o choque de demanda e oferta ocasionado pela pandemia. “Tudo parou. Quando houve a retomada da produção e reabertura do comércio, aquela demanda reprimida foi destravada e não encontrou oferta suficiente.

Tivemos, então, no mundo inteiro uma inflação de oferta”, explica. Foi então, segundo ele, que a inflação disparou, chegando a quase 11%, pressionando a renda do trabalhador, refletindo no consumo e nas vendas a varejo.

Para equalizar, o Banco Central elevou a taxa de juros e deve alcançar 12% no próximo ano. “Como estamos fechando 2021 é como vamos entrar em 2022: renda do trabalhador menor e a inflação deve cair de 11% para 5,1% devido a um recuo na atividade econômica”, acredita. Segundo ele, todo aquele choque de oferta deve se equalizar, principalmente em relação ao petróleo e energia elétrica. Para ele, o quadro é de estagnação, recessão e inflação quase controlada, ou seja, estagflação. “A expectativa é de que, em 2022, o PIB caia entre 0,5% a 0,7%, na comparação com 2021”, conclui.

Assista: https://youtu.be/O4I1pxjV_1A

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