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A privatização da Saúde no Brasil 

A privatização da Saúde no Brasil 

Muito se fala sobre a privatização da Saúde, mas o que poucos sabem é que Sistema Único de Saúde (SUS) evoluiu de uma iniciativa do setor privado. Em entrevista ao programa “A Hora e a Vez da Pequena Empresa”, Wilson Modesto Pollara, superintendente do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE), fez uma retrospectiva do sistema de saúde no Brasil e explicou porque não vê fundamento no debate sobre privatização.

Pollara conta que, no Brasil, as Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) começaram na Constituição de 88 com a ideia de equipes formadas por agentes comunitários de saúde para atendimento da população. No entanto, notou-se que a maioria dos municípios não tinha condições de montar esta estrutura. “Aqui entram as organizações sociais, que são entidades privadas: uma entidade sem fins lucrativos se une a uma entidade filantrópica, geralmente uma Santa Casa. É feito um estudo da necessidade daquela região e, por licitação, são escolhidos os prestadores de serviços. Dessa forma, o privado passa a gerir o que é público”, explica. Segundo ele, hoje 70% dos atendimentos do SUS são feitos por entidades privadas.

O superintendente o IAMSPE afirma que, quando se fala em privatização, não é sobre a venda do sistema UBS. “O setor privado tem mais condições de administrar uma entidade como uma UBS do que o público. Portanto, a tendência é expandir as organizações sociais com parcerias público-privadas. Se uma instituição privada faz alguma algo bem feito como transplante, por que não contratar pelo SUS para toda a população?”, argumenta e finaliza.

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